segunda-feira, 14 de julho de 2014

Conhecendo o Livro








Conhecendo o Livro



Menino de Engenho possui como narrador e personagem principal Carlinhos, que em sua idade adulta narra aos leitores um pouco de sua história, que começa no Recife e passa pelos engenhos nordestinos. Carlinhos, aos quatro anos, estava em casa quando seu pai assassina sua mãe com um tiro. Seu Tio Juca vai buscá-lo para ir morar com seu avô materno em seu engenho, chamado Santa Rosa. Chegando lá, ao ter contato com o campo, fica encantado. Logo que chega, recebe cuidados carinhosos de sua tia Maria. Aos poucos, vai se familiarizando com o ambiente e seus familiares até então desconhecidos. A tristeza vai dando lugar à curiosidade de um menino diante do desconhecido.

A rotina do engenho com seus costumes e tradições diferentes da cidade, surpreende e encanta o menino. A chegada de um cangaceiro, histórias contadas pelas negras da viagem até o Brasil, lendas de lobisomem; tudo vai marcando sua infância. O menino vivencia o sofrimento com as secas e posteriormente as enchentes, quando seu avô e os outros senhores de engenho perdem tudo. Com isso, no engenho, o alimento fica escasso, mas mesmo assim os servos não o abandonam, num laço de fidelidade. José Paulino diz que escravo tem que ser bem alimentado para poder trabalhar mais. Através dos passeios com seu avô pelo engenho para ver os problemas existentes, aprende como o homem tem que ser justo, duro, tendo caráter e bondade, ajudando quem precisa e merece, assim como faz Zé Paulino.



Conhecendo o Autor

 

Carlos, além de personagem, é o narrador de "O menino de engenho". Através de sentimentos memorialistas e de recordações saudosistas e fiéis ao que passou, conta aos seus leitores uma parte de sua infância, desde os quatro anos quando seu pai assassina sua mãe, até os doze anos, quando é mandado para um internato e o livro tem seu fim. O autor utiliza uma linguagem simples, direta, verdadeira e própria de um menino; além de ser extremamente espontânea, passando pelos sonhos, medos, curiosidades e amores. O autor mostra uma despreocupação com moldes estilísticos, já prenunciando o movimento do modernismo. Através de tal escrita, o autor toca seus leitores com profundas observações que um menino ingenuamente faz sobre um engenho, onde com tantas complexidades, parece tão simples aos olhos de uma criança.






Paródia: O moleque Ricardo


Equipe: Luana, Fernanda, Veline, Lídia e Lidiane.

Comentário de Otto Maria Carpeaux sobre os romances de José Lins do Rego

"Essa obra não morre tão cedo.
É eternamente jovem, como o povo;
é eternamente triste, como o povo.
É o trovador trágico da província."

Equipe: Luana, Fernanda, Veline, Lídia e Lidiane.

sábado, 5 de julho de 2014

Resumo de "O Moleque Ricardo"

O moleque Ricardo morava no engenho de Santa Rosa, diariamente passava um trem por lá, certo dia Ricardo foi convidado a ir para Recife, e passado algum tempo ele decide ir embora. Chegando em Recife passa a trabalhar para o condutor do trem, depois vai trabalhar em uma padaria. Ricardo durante sua vida apaixona-se três vezes, por Guiomar, Isaura e Odete, mas casa-se com Odete que morre ainda jovem. Após a morte da esposa  Ricardo resolve participar do partido dos operários, acaba sendo preso por militares em um conflito e  levado para Fernando de Noronha.

Equipe: Luana, Lídia, Lidiane, Fernanda e Veline.

sábado, 7 de junho de 2014

Música: O Moleque Ricardo (Ronaldo Cotrim)


Equipe: Luana, Fernanda, Veline, Lídia e Lidiane.
Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=zTln--O60Pw

Biografia de José Lins do Rego



José Lins do Rego nasceu em 3 de julho de  1901, no engenho corredor, no município de Pilar na Paraíba. Era filho de João do Rego Cavalcante e Amélia do Rego Cavalcante. Em 1923 publicava artigos em suplementos literários. Com 22 anos, formou-se em advocacia casa-se em 1924 com Philomena Massa e desse amor  nascem três filhos. Em 1925, torna-se promotor público em Manhuaçu-MG, depois muda-se para  Maceió, junta-se a um grupo de intelectuais e lá começa a escrever seus romances. Em 1935 muda-se para Rio de Janeiro. Em 1955 é eleito para a academia brasileira de letras. Morre aos 56 anos.
Equipe: Luana, Fernanda, Veline, Lídia e Lidiane

terça-feira, 29 de abril de 2014

Biografia

Biografia de José Lins do Rego

José Lins do Rego (1901-1957) foi escritor brasileiro. "Menino de Engenho", romance do "Ciclo da Cana-de-Açúcar", lhe deu o prêmio Graça Aranha. Seu romance "Riacho Doce", foi transformado em minissérie para a televisão. Integrou o "Movimento Regionalista do Nordeste". É patrono da Academia Paraibana de Letras. Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras, para a cadeira nº25.
José Lins do Rego (1901-1957) nasceu no engenho Corredor, no município de Pilar, Paraíba, no dia 3 de julho de 1901. Filho de família patriarcal, passou a infância no engenho do avô materno. Iniciou seus estudos no município de Itabuna. Estudou no colégio Carneiro Leão, no Recife. Desde 1919, já colaborava em vários periódicos. Em 1920 ingressa na Faculdade de Direito do Recife.
Em 1923 conhece Gilberto Freire, que exerceu grande influência na sua vida literária. Em 1924 casou-se com Filomena Masa Lins do Rego. Em 1925, já formado, muda-se para Minas Gerais, onde exerce o cargo de promotor. Em 1926 muda-se para a cidade de Maceió. Mantém contato Com Gilberto Freire e Olívio Montenegro, no Recife. Em 1932, publicou "Menino de Engenho", que lhe deu o prêmio da Fundação Graça Aranha. Mantém intensa atividade literária, publica um livro por ano.
Em 1935 vai para o Rio de Janeiro, onde torna-se amigo de Graciliano Ramos, Jorge de lima, Raquel de Queirós e Aurélio Buarque de Holanda. Opõe-se ao Movimento Modernista de São Paulo e integra o "Movimento Regionalista do Nordeste". Sua obra divide-se em três fases temáticas: "Ciclo da Cana-de-Açúcar", "Ciclo do Cangaço e Misticismo" e "Temas Independentes".
Partindo de experiência autobiográfica, a vida levada no engenho de seu avô, encontrou o tema fundamental de seus romances. O esplendor dos engenhos, a decadência e a substituição pelas usinas, a paisagem açucareira, é tudo retratado em seus livros. A fase mais importante de suas obras é a que corresponde ao "Ciclo da Cana-de-Açúcar".
No romance "Menino de Engenho", o narrador vai dizendo de sua infância passada na fazenda do avô. Esse menino é o próprio narrador, Carlos de Melo, uma espécie de dublê do autor. A obra "Doidinho", é praticamente continuação do romance anterior. Carlos de Melo vive o cotidiano de um colégio interno. Em "Banguê", o autor narra a volta de Carlos Melo, já formado em Direito, para a fazenda Santa Rosa.
O romance "Fogo Morto", é um comovente drama político, em que os protagonistas maiores são o seleiro Zé Amaro e seu compadre Vitorino. O crítico Otto Maria Carpeaux define a obra de José Lins do Rego, como profundamente triste: "É uma epopeia da tristeza de sua terra e de sua gente. Tudo está condenado a adoecer, morrer e apodrecer".
José Lins do Rego Cavalcanti morreu no Rio de Janeiro, no dia 12 de setembro de 1957.

Obras de José Lins do Rego

Menino de Engenho, romance, 1932
Doidinho, romance, 1933
Banguê, romance, 1934
O Moleque Ricardo, romance, 1934
Usina, romance, 1936
Histórias da Velha Totônia, literatura infantil, 1936
Pureza, romance, 1937
Pedra Bonita romance, 1938
Riacho Doce, romance, 1939
Água Mãe, romance, 1941
Gordos e Magros, 1942
Fogo Morto, romance, 1943
Pedro Américo, 1943
Poesia e Vida, 1945
Conferências no Prata, 1946
Eurídice, romance, 1947
Homens, Seres e Coisas, 1952
Cangaceiros, romance, 1953
A casa e o Homem, 1954
Roteiro de Israel, 1954
Meus Verdes Anos, memória, 1956
Presença do Nordeste na Literatura Brasileira, 1957
O Vulcão e a Fonte, 1958

Disponivel em E-Biografias